terça-feira, 31 de maio de 2016

3:48 - Conto - Parte 5

Fala galera! Mais uma continuação para essa grande história. Para quem não leu a primeira parte clique aqui para conferir, a segunda parte está aqui, há a terceira parte também nesse link aqui! Ah, e a quarta aqui! É um conto antigo e está exatamente original. Foi um conto muito conhecido na comunidade do falecido Orkut "Contos de Terror". Erros de português acontecerão, isso é um fato.



9 – Onde está Carlos?

Ela chegou e disse:

-Filho. Você conhece um Carlos?
-Conheço sim mãe. Se for da minha idade, conheço.
-Você sabe que ele está desaparecido?
-Não. Mas está?
-Está sim. A mãe dele está aí. 
-Mas como ela chegou até aqui? Eu não tenho tanta intimidade assim com ele.
-Não sei. Mas vá lá e diga tudo o que você sabe.

Ela saiu do quarto. Tentei acender a luz. E óbvio não acendeu. A lâmpada estava quebrada no chão. Então mesmo no escuro me troquei e fui para a sala. O quarto agora estava inocente. E para conferir olhei para o celular. Eram exatamente 4:18. Uma hora bem atípica para se vir na casa de outras pessoas. Deveria ser a grave a situação de Carlos. Mas onde realmente andava ele? Fui o ultimo a ver. Veremos. 

Chegue na sala. A mãe dele disse:
-Oi. Desculpa estar aqui uma hora dessas, mas as meninas disse que você estava também com eles ontem. Me diz. Ele te falou pra onde foi?
-Olha senhora. Conheci ele anteontem. E não me pareceu com vontade fugir. Aliás não teria motivos para isso.

-Eu também acho. Mas onde ele estará então? – começou a chorar – Eu estou começando a ficar desesperada sabe... Liguei para a polícia mas eles só podem iniciar busca após 24 horas. Se vocês tiverem noticia deles vocês me ligam? – e deu um número para nós. 
Eu:
-Sim, mas tenho certeza de que ele vai voltar. 
Nesse exato momento ela recebe uma ligação e atende. Dá um sorriso no meio da ligação. Desliga e me diz:
-Acharam ele!
Minha mãe:
-E onde ele estava?
A mãe de Carlos:
-Estava do outro lado da cidade! Batendo palma numa casa desconhecida. Ligaram pra polícia e o delegado já juntou tudo e pela foto é meu filho.
Eu:
-Eu disse! Eu disse. 

Ela agradeceu, saiu de casa e foi para a delegacia, presumo. Voltei para cama e dormi tranquilamente até as onze. Afinal, era domingo.

10- Aparições

Acordei. Fui escovar os dentes. Abri a porta do banheiro olhei para o espelho e... Tomei um susto. Atrás de mim por uma fração de segundos apareceu a face de Carlos totalmente pálida. Mas olhei para trás e não havia nada. Pensei: “Carlos não morreu, então não certamente foi uma má impressão”. Comecei a escovar os dentes e então num outro golpe de vista vi novamente Carlos. Estava absolutamente pálido com uma cara de medo. E sumiu. O arrepio foi inevitável. Terminei de escovar os dentes rapidamente e fui para a sala.

Liguei para a mãe de Carlos:
-Alô?
-É a mãe do Carlos?
-É sim! David?
-Isso. Queria saber se o Carlos está bem.
-Está bem sim. Ficou fazendo arruaças pela madrugada e agora está dormindo. Vai ficar de castigo um bom tempo por isso.
-Entendo. Bom, só queria saber isso mesmo. Obrigado!
-Que isso. Eu que lhe agradeço pela atenção. Tchau.
Desliguei o telefone. Assisti um pouco de tevê. Almocei. Posteriormente assisti os programas esportivos da tarde, após o jogo que passou, como meus clássicos domingos e após fui tomar meu banho.

Entrei no banheiro, fechei a porta. E um silêncio absoluto reinou. Claro. Mas não era comum. Eu sempre pude notar os barulhos exteriores ao banheiro, mas não aquele dia.

Comecei meu banho. Notei marcas do mesmo pó negro no meu pé direito. Achei estranho. O que seria essa misteriosa poeira? E enquanto estava tirando a poeira com água senti um arrepio. Quando voltei a ficar de pé, no boxe borrado quase já sumindo:

“Me ajude” 

Me arrepiei ao ver. E comecei a olhar para todos os lados. E perguntei em tom baixo:
-Quem é você?

E dificultosamente já com o boxe totalmente borrado de novo fora sendo escrito com letras garranchadas:

“Carlos”

Me surpreendi. E senti um pouco de razão. Carlos estava muito diferente naquele dia. E eu havia o visto duas vezes no banheiro. Eu disse:

-Mas como? Você está vivo! 

“Ele não sou eu”

Me arrepiei. Como poderia estar acontecendo aquilo? E voltou a escrever:

“Enquanto eu estiver aqui, vocês correm perigo”

Terminei o banho. Me troquei. Disse pra minha mãe que precisava ir até a casa de Juliane. Ela me fez prometer voltar cedo. E assim fiz.


11- Vó de Gina

Cheguei na casa de Juliane. Chamei ela. Uma mulher me atendeu. Era a mãe dela. Disse que iria chamar a filha. Aparece então ela, com uma feição de sono e desânimo, e eu começo a falar:
-Ju... Você ta bem?
-David. Não!
-Você também viu... Essa noite?
-Sim. Aquela mulher de novo. Eu estou ficando neurótica. Ela está me perseguindo David. Por quê? – e caiu uma lágrima. 
Eu a abracei e disse:
-Eu acho que sei o porquê. 
-Por que então?
-Olha, antes de dizer, você conhece a vó da Gina? Afinal, a Gina havia dito que a vó dela falou dessa experiência. Podemos ter mais informações.

-David, será que não vai ser pior?
-Juliane, já estamos numa pior.
Ela pegou o celular e ligou para Gina. Alguns minutos depois ela desligou e disse:
-Ela está vindo pra cá nos buscar e levar até lá.
Esperamos vinte minutos. Eu aproveitei o tempo e contei a minha terrível experiência na noite passada. Gina chegou. Fomos com ela até a casa da vó dela. Era uma casa bem no centro, daquelas bem cara de idoso, bonitas e arrumadas. Ela chamou a avó e apareceu uma senhora baixinha, cabelo inteiramente branco. Ela falou para que entrássemos. Fomos até sua sala e ela disse:
-Gina, o que você quer meu amor?
Gina:
-Vovó, estou com medo!
Vó dela:
-Do quê meu bem?
Gina começou a chorar, e eu assumi:
-Senhora, nós e mais dois amigos fizemos uma brincadeira. É o jogo das 03:48, a senhora sabe?
-Meu Deus! Por que vocês fizeram isso?

Juliane perplexa:

-Por bobeira.
Eu:
-Gostaríamos de saber o que realmente esta brincadeira faz... Pois pensamos que iríamos para a dimensão dos mortos por um minuto, no entanto durou muito mais e as coisas estranhas continuam acontecendo.

-Meu Deus. Ainda não acreditei que vocês fizeram isso. Olha, isso não é uma brincadeira. É um ritual. É o único tempo em que os mortos podem vagar por aí. No entanto quando vocês realizam este jogo, vocês entram para a dimensão deles. E o tempo lá, corre diferente do nosso, e por vocês lá serem almas que possuem corpos, eles te assediam até possuir os corpos de vocês!
Juliane e Gina chorando muito. E eu um pouco desesperado:
-E por que isso não para?
-Isso para querido. Mas desde que todos vocês que fizeram este jogo voltarem para seus corpos. Se algum espírito entrar num dos corpos de quem está no jogo, o portal continua aberto, e toda vez que vocês passarem pelo minuto 03:48 vocês voltarão para a outra dimensão e correrão o risco de perderem a alma.
Juliane:
-Mas peraí, quem então teve a alma roubada?
Eu:
-O Carlos!
Gina e Juliane:
-O Carlos?

Eu:
-Sim. Eu recebi mensagens dele. Ele está pedindo minha ajuda. Disse como sua avó que estamos correndo risco e que há alguém que não é do corpo dele nele. 
Gina:
-Precisamos ajuda-lo! Isso foi quando?
Eu:
-Hoje de tarde. Mas como vamos ajuda-lo? 
Vó de Gina:
-Olha, vocês terão de voltar juntos ao portal e buscar a alma de Carlos e fazê-la entrar no corpo dele de volta expulsando a atual alma. 
Eu:
-Acho que não será difícil.
A vó de Gina:
-Pois eu acho que vai.
Gina, Eu e Juliane:
-Por quê?
Vocês terão que estar perto do corpo de Carlos, e suponho que ele vai dificultar as coisas e muito para vocês.
Eu:
-Ela tem razão. Mas vamos tentar. 
Gina:
-David, a mãe dele está muito nervosa com o suposto ele. Como vamos tirá-lo do castigo?
Juliane:
-Vamos até ele. E convencemos ela a nos deixar passar a noite lá. 
Eu:
-Isso será difícil.
Gina:
-Será MUITO difícil.





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